segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Paciente #64...a mão delicada de estrumpfina...

Quando pensamos que um trabalho de recuperação vai ser fácil, somos surpreendidos com a reação do material ao tratamento que aplicamos.
No caso desta estrumpfina o braço já vinha com um defeito e bastou uma pequena e insignificante queda para a mão se partir pelo ponto mais fraco.

A princípio pensámos que, ao colarmos as duas partes, iríamos deixar o mínimo de vestígios possível mas o arame dentro do braço (que saía para fora deste) dificultou, em muito, o posicionamento perfeito do arranjo.
Tivemos de descolar a peça um número infinito de vezes e limpá-la da cola aplicada todas essas vezes.
No final ficou perfeito, nem queríamos acreditar que nem se notava a união da mão com o resto do braço...lindo...
No dia seguinte notámos que a resina tinha reagido ao adesivo que aumentou de volume deixando a mão colada ao braço solidamente, mas com uma estranha camada cristalina (transparente) na união.
Seria impensável ter de partir o braço novamente arriscando a sanidade mental do paciente.

Sendo assim a estrumpfina voltou para casa inteira mas com uma cicatriz para toda a vida...

2 comentários:

Asgardiano disse...

era so preencher com massa e pintar o braço.

Nuno Mata disse...

Viva

Preencher com massa e pintar o braço é muito fácil de dizer.
Esta tinta é cozida com a peça e não aplicada à mão, o que seria quase impossivel para nós por 3 razões muito simples: 1ª não temos meios técnicos próprios para o fazer de momento; 2ª não temos referencia ao RAL de cor usado; 3ª o clinete não estava disposto a pagar o arranjo que todo esse trabalho iria custar. Quanto à dita massa, sim poderíamos ter preenchido tudo com massa mas como disse a seguir o trabalho não nos compensava minimamente as horas/dias perdidos de volta de uma peça que não nos traria qualquer lucro e/ou vantagens em seguir para a frente com o arranjo.
Como foi dito no artigo, tudo poderia ter ficado muito melhor se a peça não tivesse reagido mal ao adesivo aplicado. Foi a primeira má experiência no Hospital e conserteza não será a última.

Nuno Mata
AFH